sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Casa modulada no sul da Bahia é ligada por pérgolas e espelhos d'água

Composta de módulos independentes ligados por pérgulas e espelhos-d’água, esta casa no sul da Bahia reúne conforto e rusticidade em perfeito equilíbrio.

Apaixonado pelas moradas típicas de Trancoso – que valorizam as matérias-primas e a mão de obra locais –, o casal carioca comprou um terreno perto da praia dos Nativos e encomendou ao arquiteto Maurício Nóbrega e à designer Maria Cândida Machado um projeto simples, com o astral da região. Como o plano dos proprietáriosera construir rapidamente a um custo razoável, os profissionais traçaram uma planta básica, que pudesse crescer com o passar dos anos. “Unificamos e simplificamos os materiais para que os bangalôs tivessem uma identidade forte e o conjunto fosse entendido como uma casa só”, aponta Maurício. “Também pesquisamoso que os artesãos da região tinham a oferecer e usamos esse arsenal nos acabamentos – telhas de madeira, forros trançados e venezianas de cedro, que permitem boa ventilação. Há aqui um autêntico toque de rusticidade, mas sem abrir mão do conforto”, completa ele.

Varandas amplas, montadas com troncos de eucalipto, levam cobertura de vidro laminado incolor e ripas de biribinha, madeira local flexível e resistente (execução da Alicerce Engenharia)


 A churrasqueira, construída numa segunda etapa, repete os revestimentos dos outros bangalôs, com cobertura transparente e forro de biribinha. O armário sob a bancada tem portas com venezianas de ipê-champanhe, mesmo material do deck.
 Na sala de TV, simplicidade total: o piso é de cimentado branco e o teto deixa à mostra as telhas de taubilha (lascas de madeira típica da região).
Portas duplas, de cedro com venezianas e palha de tala de dendê (Itapo Arte), ligam o ambiente ao de jantar
As vigas e os caibros de eucalipto sustentam os painéis de biribinha, presos com pregos de cobre na estrutura de madeira. No alto, há chapas de vidro laminado unidas por perfis metálicos T, que ainda fixam esta cobertura às varas. Já a passarela fica elevada 36 cm do solo ou da água, fixada numa armação de ipê-champanhe.
Pergolado
 Na suíte do casal, uma pitada de cor tinge a parede da cabeceira – mesmo tom que aparece em outros ambientes (látex acrílico acetinado, ref. P108, da Suvinil).
As portas generosas se abrem ora para as pérgulas, ora para a pequena varanda (2,48 x 7,50 m), que parece flutuar em balanço sobre o espelho-d’água.
Estendido ao banheiro, o cimentado do piso molda a bancada e sobe pela parede (até 1,80 m de altura). O forro exibe a mesma palha de tala de dendê, em placas.
Com apenas 20 cm de profundidade, os espelhos-d’água ajudam a refrescar a casa. Foram revestidos de tinta epóxi azul e cercados por decks (12 cm) de ipê-champanhe protegido com verniz naval fosco.
Planta. Área: 238 m2. Anos do projeto: 2005 e 2009. Anos da construção: de maio de 2005 a janeiro de 2006; de abril a novembro de 2009. Projeto arquitetônico: Maurício Nóbrega e Maria Cândida Machado. Paisagismo: Fernando Acylino. Construção: Alicerce Engenharia


fonte:http://casa.abril.com.br

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